O que é a hérnia de disco

A hérnia de disco é uma condição em que um dos discos intervertebrais — estruturas que funcionam como amortecedores entre as vértebras da coluna — se desloca ou rompe, pressionando os nervos adjacentes. Isso pode gerar dor, fraqueza muscular e outros sintomas neurológicos. A hérnia ocorre mais frequentemente na região lombar (parte inferior da coluna) e cervical (pescoço), mas pode se manifestar em qualquer segmento da coluna vertebral.

Estima-se que cerca de 5% da população mundial desenvolva hérnia de disco ao longo da vida, com prevalência mais alta entre pessoas de 30 a 50 anos. No Brasil, a hérnia de disco é uma das principais causas de afastamento do trabalho, sendo responsável por uma parcela significativa das queixas de dor lombar e cervical.

A hérnia de disco é uma condição comum que pode impactar significativamente a qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para aliviar os sintomas e prevenir complicações, com opções que vão desde fisioterapia até intervenções cirúrgicas em casos mais graves.

O médico fisiatra desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hérnia de disco, adotando uma abordagem funcional e multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Quais as causas da hérnia de disco?

Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de uma hérnia de disco incluem:

    • degeneração natural dos discos vertebrais: com o envelhecimento, os discos intervertebrais perdem elasticidade e hidratação, tornando-se mais suscetíveis a rupturas;
    • movimentos repetitivos ou esforços excessivos: atividades que envolvem levantamento de peso, torções ou esforço repetitivo sobrecarregam os discos;
    • traumas: quedas, acidentes de trânsito ou lesões esportivas podem danificar os discos;
    • sedentarismo e má postura: a falta de atividade física e posições inadequadas prolongadas aumentam a pressão sobre a coluna;
    • fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de hérnia de disco têm maior risco;
    • obesidade: o excesso de peso sobrecarrega a coluna vertebral.

Quais os sintomas da hérnia de disco?

Os sintomas variam conforme a localização e a gravidade da hérnia, mas incluem:

    • dor localizada: na região lombar (lombalgia) ou cervical (cervicalgia), dependendo da área afetada;
    • dor irradiada: na hérnia lombar, pode haver dor que se estende para as pernas (ciatalgia); na hérnia cervical, a dor pode irradiar para os braços;
    • formigamento e dormência: sensação de formigamento ou perda de sensibilidade nos membros afetados.
    • fraqueza muscular: redução da força em pernas ou braços, dependendo do nervo comprimido;
    • limitação de movimentos: rigidez e dificuldade em realizar tarefas diárias devido à dor.

Como é feito o diagnóstico da hérnia de disco?

O médico fisiatra avalia detalhadamente os sintomas e realiza um exame físico completo, focando em:

  • identificação dos sinais neurológicos: dormência, fraqueza muscular e reflexos alterados;
  • testes de mobilidade e força para identificar limitações funcionais;
  • análise de exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética ou tomografias, para confirmar o diagnóstico e localizar a hérnia.

O foco do fisiatra não está apenas na lesão em si, mas em como ela impacta a funcionalidade e as atividades diárias do paciente.

Como é o tratamento da hérnia disco coordenado pelo médico fisiatra?

O médico fisiatra elabora um plano de reabilitação individualizado, utilizando várias abordagens:

  1. tratamento clínico
  • controle da dor:
    • prescrição de analgésicos, relaxantes musculares ou anti-inflamatórios, quando necessário;
    • técnicas como bloqueios anestésicos ou infiltrações guiadas por imagem para alívio da dor intensa.
  1. reabilitação funcional
    • fisioterapia: fortalecer os músculos paravertebrais, melhorar a postura e aliviar a compressão sobre os nervos;
    • exercícios funcionais: o médico fisiatra prescreve exercícios terapêuticos, incluindo alongamentos e técnicas de estabilização da coluna;
    • terapias complementares: o médico fisiatra pode indicar tratamentos como acupuntura, pilates ou hidroterapia, quando apropriado;
    • educação postural e ergonomia: o médico fisiatra orienta o paciente sobre a importância de evitar esforços repetitivos, corrigir a postura e adotar práticas ergonômicas no dia a dia;
    • prevenção de cirurgia: o médico fisiatra trabalha para evitar a necessidade de intervenção cirúrgica, tratando os sintomas e restaurando a funcionalidade por meio de abordagens conservadoras. Quando a cirurgia é inevitável, ele colabora com neurocirurgiões ou ortopedistas e acompanha o pós-operatório, facilitando a reabilitação;
    • abordagem holística: além do tratamento da lesão, o médico fisiatra considera aspectos emocionais e sociais que influenciam o bem-estar do paciente, como estresse e impacto na vida profissional.

O médico fisiatra desempenha papel central no manejo conservador da hérnia de disco, atuando para aliviar os sintomas, restaurar a funcionalidade e prevenir complicações. Sua abordagem integrada e orientada à funcionalidade melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

 

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